Exército cala Maduro e Morales! Não faz muito tempo, os presidentes Evo
Morales (Bolívia) e Maduro (Venezuela), ao tentar defender o PT e Dilma
Roussef, deram declarações ameaçadoras à soberania do Brasil. Sendo a
mais grave, aquela feita por Morales, ao afirmar que "…Se tiver golpe
(impeachment) no Brasil vamos atacar com nossas forças armadas…".
Inicialmente ridicularizado, em razão do aparentemente pequeno poderio
militar boliviano, muitos se esquecem de que a Bolívia faz parte do
chamado "grupo bolivariano", que é composto por Venezuela, Equador,
Nicarágua e Bolívia. Grupo que possuí suporte militar cubano e
russo…Logo, a "ameaça bolivariana" feita por Morales deve ser levada a
sério. E foi.
Por coincidência (ou não), a resposta "diplomática" das FFAA brasileiras
já estava a caminho. A estratégia do "estilingue atrás do muro" foi
derrubada.
Sem alarde, o exército brasileiro pôs em campo duas operações militares:
I- operação Bormann (10 e 23 de outubro de 2015), onde se realizou
testes de grande deslocamento de blindados por via ferroviária de SC até
o PR;
II- uma segunda operação, finalizada em 29/09/2015, que sequer recebeu
nome (chamei de "As portas abertas da Venezuela), onde, pela primeira
vez na história, foi feito o deslocamento de um tanque pesado por rio
até a fronteira da Venezuela (link do facebook do exército brasileiro).
E, como diz o popular, "…onde passa um boi, passa uma boiada…". Estas
duas singelas operações criaram uma variável nova no tabuleiro das
possibilidades Bolivarianas, pois as baterias de defesa antiaérea
venezuelanas poderiam ser neutralizadas por um mix de ataque terrestre
em conjunto com uso de mísseis MAR-1 brasileiros e baterias de ASTROS.
Fato que, ainda, coloca Nicolás Maduro em "barbas de molho" com relação
a suas ameaças de atacar a Guiana.
Mas a "diplomacia do aço" não parou por aí. Ainda na mesma época
ocorreram as operações: I- operação de ataque "Formosa 2015", com
adestramento de fuzileiros navais e, coincidentemente, o uso do ASTROS
em conjunto com o jato AF-1 e II- operação "Príncipe da Beira",
exatamente às portas da Bolívia… (links do exército brasileiro).
A inteligência e sutileza de nossas FFAA devem ser aplaudidas e o
desenrolar dos fatos servem para mostrar que os moços não estão
"dormindo", ao contrário do que dizem alguns. Porém, serve mais uma vez
para denunciar nosso "eterno calcanhar de aquiles" (defesa terra-ar),
fato que vem sendo criticado por mim há anos, desde os tempos em que era
redator do www . aestrategia . com (hoje defunto). Claro que os recursos
são escassos e, pior que isso, inconstantes. Mas evitar a supremacia
aérea (segundo a NATO, corresponde a"…degree of air superiority wherein
the opposing air force is incapable of effective interference…") ao
inimigo é vital para qualquer país, mormente um de dimensões continentais.
Em que pese isso, ponto para os estrategistas nacionais.
https://youtu.be/ap8OhdC1w0E - Trecho de "Diplomacia do aço" - www .
direitalivre . com, 21/10/2015 - IRAN PORÃ MOREIRA NECHO
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